APAE ANÁPOLIS promove conscientização no Dia Mundial da Síndrome do Espectro Autista

Muito se fala no autismo, mas não são muitas as pessoas que sabem exatamente o que é essa síndrome, que atinge 70 milhões de pessoas ao redor do mundo e cerca de dois milhões no Brasil. É por isso que o dia 2 de abril foi escolhido pela ONU para celebrar o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. Em Anápolis, a APAE é a instituição que mais se destaca, oferecendo diagnóstico e tratamento para pacientes em todas as faixas do espectro. Sim, o nome correto para esse conjunto de características é Síndrome do Espectro Autista. De acordo com o presidente da APAE ANÁPOLIS, Vander Lúcio Barbosa, o termo “espectro” serve para dimensionar os vários graus de comprometimento que podem caracterizar o autismo. “Temos desde um caso muito leve de desatenção ou distração até uma total inabilidade de interação social, com crises de raiva, obsessão e comportamentos repetitivos”, explica ele.

Entretanto, segundo o presidente, com tratamento, é possível diminuir a gravidade desses quadros, trazendo benefícios para o paciente e para a família. “Os profissionais da APAE ANÁPOLIS são especialistas do mais alto gabarito, preparados para adequar as terapias e tratar o autismo em qualquer nuance de seu espectro”, afirma Vander. A coordenadora do serviço de reabilitação intelectual da entidade, a psicóloga Paulyane Cristine da Silva Oliveira, conta que, autistas sem comorbidades como a deficiência intelectual, podem, ao receber tratamento, passarem despercebidos, adaptando-se ao ambiente social com muita habilidade. Já aqueles que possuem outras complicações associadas, levam mais tempo para amenizar os sintomas. “Mesmo assim é preciso tratar para permitir que tenham a melhor qualidade de vida possível”, enfatiza ela.

É o caso de Henrique, de oito anos. Ele chegou à APAE aos três, com um quadro bem difícil, não aceitava as terapias, chorava muito era uma criança extremamente irritada e intolerante. Recebeu tratamento por cinco anos antes de ter alta, com fonoaudiólogos e psicólogos. Foi um grande esforço da equipe para devolvê-lo à família aprendendo a esperar, gostando das terapias e tornando-se uma criança alegre. A maior conquista do Henrique foi aprender a se expressar, mas ele aprendeu natação, joga bola e adora ouvir música. “O tratamento na APAE ANÁPOLIS” foi um divisor de águas pra todos nós”, declarou a mãe Andréia. “Hoje, ele estuda em uma escola especial chamada Projeto Refazer, onde todas as atividades são adaptadas, mas que exigem um grau de desenvolvimento, o que ele conseguiu alcançar na instituição”, completa.

Diagnóstico precoce

São muitas dúvidas e é exatamente por isso a necessidade da conscientização, gerando ação, conhecimento, capacitação e menos preconceito, objetivando alertar e esclarecer a sociedade para diagnosticar a doença logo cedo. Quanto mais cedo houver o diagnóstico, melhor será a qualidade de vida destes indivíduos e mais rápido o tratamento para não permitir que a doença avance com intensidade. Para quem não sabe do que se trata, o autismo é uma doença conhecida como “Transtornos de Espectro Autista” – TEA. Os transtornos do espectro autista (TEA), como o próprio nome sinaliza, englobam uma série de diferentes apresentações do quadro, que têm em comum:

• Maior ou menor limitação na comunicação, seja linguagem verbal e/ ou não verbal;

• Maior ou menor limitação na interação social;

• Comportamentos caracteristicamente estereotipados, repetitivos e com gama restrita de interesses.

Neste espectro o grau de gravidade varia desde pessoas que apresentam um quadro leve e com total independência e discretas dificuldades de adaptação (por exemplo, autistas de alto funcionamento, síndrome de Asperger) até aquelas que serão dependentes para as atividades de vida diárias ao longo de toda a vida. O autismo aparece nos primeiros anos de vida. Há vários níveis de autismo e alguns sintomas podem facilitar a identificar a doença o quanto antes. Os mais comuns são atraso na aquisição da linguagem, dificuldade de aprendizagem e de relacionamento, fobias, agressividade, comportamentos restritos e repetitivos, se incomoda com toques, com alguns sons, restrições alimentares.

Apesar de não ter cura, terapias, medicamentos e é claro, muito amor, podem proporcionar qualidade de vida para os pacientes e suas famílias. Após o diagnóstico, os pacientes devem fazer uma série de tratamentos e habilitação/reabilitação para estimulação das consequências que o autismo implica, como dificuldade no desenvolvimento da linguagem, interações sociais e capacidades funcionais. O azul foi adotado como a cor símbolo para representar a doença, por haver maior incidência em meninos, cuja proporção é de quatro meninos para uma menina.

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